sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A história das bandeiras da república

Ontem, após o intervalo, em nossos períodos de História do Brasil II, o seguinte assunto foi levantado na aula do Prof° Albino Lampert: Qual o significado da estrela de "cima" na bandeira nacional brasileria?
Nosso professor respondeu-nos exatamente o que acabo de pesquisar e publicar no blog.
Então para sanar qualquer dúvida, eis a explição encontrada.

Com a proclamação da república em 15 de novembro 1889, o advogado Rui Barbosa, um dos líderes do movimento civil, propôs a criação de uma bandeira para a república inspirada nosmoldes da bandeira norte-americana. Acabou sendo usada somente por quatro dias, hasteada apenas na sede do jornal A cidade do Rio e no navio "Alagoas", que transportava a família imperial ao exílio.



A primeira versão foi descartada pelo marechal Deodoro da Fonseca. Dá-se o veto por motivos políticos os quais Deodoro defendeu por toda a sua vida, a monarquia. Assim tomando como inspiração os modelos imperiais.

 Bandeira do império do Brasil durante o primeiro reinado.

Os novos moldes seguiam as observações do céu no Rio de Janeiro, nas primeiras horas da manhã de 15 de novembro de 1899, sendo cada estrela uma unidade federativa. Ao contrário do que muitos podem pensar, a estrela estampada acima das outras, acima da linha com a inscrição "Ordem e Progresso" NÃO representa o Distrito Federal, ou nossa capital federal, e sim o estado do Pará, que naquela época representava o único estado brasileiro acima da linha do Equador, linha esta representada pela faixa com a inscrição "Ordem e Progresso" (de cunho extremamente positivista). A ideia da atual bandeira foi desenvolvida por um grupo formado pelo positivista Raimundo Teixeira Mendes, vice-diretor do Apostolado Positivista do Brasil, por Miguel Lemos, diretor do Apostolado Positivista do Brasil, e por Manuel Pereira Reis, catedrático de astronomia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, e responsável pela organização das estrelas. O  desenho do círculo azul ficou a cabo do pintor Décio Vilares, a colocação do cruzeiro do sul foi ideia de Benjamin Constant. E assim apresentando sua divisão gráfica:


Sua estrutura apresentada no dia 19 de novembro de 1889 continua a mesma, sendo apenas acrescentada algumas estrelas referentes aos estados adicionados á república, e suas exatas posições conforme as exatas coordenadas astronômicas. E sendo desta forma como conhecemos:



Entende-se sobre as cores que:
O verde representa as matas e florestas;
O amarelo representa ouro e riquesas;
O azul simboliza o céu,
E o branco a paz.

P.S.  Bem lembrado pelo nosso amigo, ex-colega e de curso e Professor de História, João Batista dos Santos, que essa representação das cores se faz de uma forma poética, tendo razões concretas de ser que podem ser vistas ou nos comentários des post ou em outro post acima relacionado.

2 comentários:

  1. Caro Renato

    Essa descrição das cores da Bandeira Nacional é de cunho poético, baseada na poesia de Olavo Bilac que originou o Hino à Bandeira.

    Na realidade, o Decreto nº 4, de 19 Nov 1889, que alterou a Bandeira (porque na realidade não foi feita nova bandeira)diz que:

    Art 1º - A bandeira adotada pela República mantém a tradição das antigas cores nacionais - verde e amarela - do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio uma esfera azul celeste, atravessada por uma zona branca, em sentido oblíquo e descendente da esquerda para a direita, com a legenda - Ordem e Progresso - e pontuada por 21 estrelas....

    O verde já era tradição em Portugal e simboliza a casa de Bragança do rei D. Pedro I

    O amarelo representa a Casa de Lorena, da Áustria, origem de D. Leopoldina.

    A esfera azul celeste com a faixa branca vem da tradição romana como um símbolo de soberania e foi adotada na coroa dos reis portugueses.

    Simplificando: Se manteve na bandeira de 1889, as mesma cores já definidas na bandeira de 1822. Ou seja, tanto a bandeira imperial quanto a republicana manteve a tradições do verde e amarelo do Brasil e azul e branco de Portugal, não esquecendo sua origem.

    Prof João Batista

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  2. Contradições. Falei sobre o positivismo extremista por parte de um grupo, e acabei aplicando o mesmo processo.

    Obrigado João Batista.

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