quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Reflexão

SÓCRATES E AS TRÊS PENEIRAS

Augustus procurou Sócrates e disse-lhe: Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de... Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira, Augustus, é a da VERDADE. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira.

Vamos então para a segunda peneira: a BONDADE.
O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não, Sócrates! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira.

Vamos agora para a terceira peneira: a NECESSIDADE.
- Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa?
Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não, Sócrates...

Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E Sócrates sorrindo concluiu:
- Se passar pelas três peneiras, conte!
Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos.

Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz!
Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras por que:

Pessoas sábias falam sobre idéias;
Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medíocres falam sobre pessoas

 Enviado pela acadêmica Ieda Brinck

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