Trabalho de pesquisa realizado pelas acadêmicas Lisiane Rodrigues e Micheline Souza.
O Risorgimento buscou entre 1815 e 1870, 55 anos unificar a Itália, que desde o Congresso de Viena em 1815 os Estados submetidos a potências estrangeiras. Na luta sobre a futura estrutura da Itália, a monarquia, na pessoa do rei do Piemonte-Sardenha, Vítor Emanuel II, da Casa de Saboia, apoiado pelos conservadores liberais, teve sucesso quando em 1859-1861 formaram a Nação-Estado, sobrepondo-se aos partidários de esquerda, republicanos e democráticos, que militavam sob o comando de Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi. A desejada unificação da Itália se deu assim sob a Casa de Saboia, com a anexação ao Reino de Sardenha, da Lombardia, do Vêneto, do Reino das Duas Sicílias, do Ducado de Módena e Reggio, do Grão-ducado da Toscana, do Ducado de Parma e dos Estados Pontifícios. Na primeira fase da Unificação (1848-1849), desenvolveram-se vários movimentos revolucionários e uma guerra contra o Império Austríaco, mas concluiu-se sem modificação do statu quo. A segunda fase, em 1859-1860, prosseguiu no processo de unificação e concluiu com a declaração da existência de um de Itália. Completou-se com anexação de Roma, antes a capital dos Estados Pontifícios, em setembro de 1870. Com o fim das Guerras Napoleônicas criou-se diversos estados na península Itálica: Reino da Etrúria, Reino de Itália (1805-1814) que Napoleão entregou o governo do Reino de Nápoles ao seu irmão José. Durante esse período, esses territórios pas saram por reformas liberais e pela extinção dos priv ilégios feudais e eclesiásticos. Após o Congresso de Viena em 1815, com a conferência de paz que se seguiu à derrota de Napoleão, e a liquidação do sistema, a península Itálica ficou dividida: A Áustria dominava a Lombardia e Vêneto (Venécia); os ducados de Parma e Piacenza, Módena e Toscana eram regidos pelos arquiduques austríacos; O Piemonte, que integrava o Reino de Sardenha junto com o Ducado de Saboia e Gênova, era governado pela casa de Saboia, único que mantinha um caráter mais ou menos liberal; O Papa governava os Estados Pontifícios, estendendo sua autoridade às províncias do Adriático; Os Bourbons voltavam ao Reino das Duas Sicílias. Os governantes do antigo regime, impostos pelo Congresso de Viena, sem apoio popular, governavam com auxílio das forças austríacas. Entretanto, as ideias nacionalistas e revolucionárias continuavam propagando-se, incentivadas pelo progresso econômico e o amadurecimento das instituições. As ideias revolucionárias também se propagaram através de sociedades secretas, como os carbonários, os adelfos e os neoguelfos. Durante o domínio napoleônico, formou-se na Itália uma resistência que contou com membros de uma organização secreta, a Carbonária, uma sociedade mais ou menos maçônica, surgiu em Nápoles, dominada pelo general francês Joaquim Murat, cunhado de Bonaparte. Apesar dos laços de parentesco lutava contra os franceses, porque as tropas de Napoleão haviam iniciado uma espoliação da Itália, embora defendessem os mesmos princípios de Bonaparte. Com a expulsão dos franceses, a Carbonária queria unificar a Itália e implantar os ideais liberais. A Carbonária não tinha nenhuma ligação popular, pois como sociedade secreta, não propagandeava suas atividades. Além disso, a Itália era uma região agrícola e extremamente católica, com camponeses analfabetos e religiosos, que tradicionalmente se identificavam com ideias e chefes conservadores. Giuseppe Mazzini (1805-1872), político genovês, entrou para a sociedade dos Carbonários em 1830. Ao ser preso em 1831 por advogar nflamadamente a rebelião, passou a criticar as soc iedades secretas, seus ritos e a ineficiência militar. Afinal, elas não conseguiram realizar a unificação italiana e não tinham nenhuma representatividade popular. Da crítica às sociedades, Mazzini passou à ação. Fundou a Jovem Itália, “organização” que pretendia libertar as regiões italianas do domínio aus tríaco e unificar o país, por meio da educação do povo e da fundação de uma república democrática. Suas palavras de ordem eram: direito dos homens, progresso, igualdade jurídica e fraternidade. A sociedade organizou células revolucionárias em toda a península. A esse movimento democrático opunha-se outras correntes que também pretendiam a unificação italiana. Eram osreformistas monarquistas, contrários à violência proposta por Mazzini e que acreditavam na realização da unidade política em torno do reino sardo-piemontês, sob um regime monárquico constitucional e os neoguelfos, moderados liderados por Vincenzo Gioberti, que, por intermédio de acordos com a Áustria, queriam formar uma monarquia constitucional sob o controle do papa. O nome neoguelfos tem origem nos políticos medievais que defendiam que os papas romanos deveriam ter também o poder temporal da Europa. Em 1820, revoltam-se em Nápoles dois oficiais franceses, Morelli e Silvati, com as suas divisões de cavalaria, ao clamor do rei e da ausência de uma constituição. A revolta começa vitoriosa, o exército agrupa-se quase completamente ao redor dos revoltosos, cujo comando é assumido por Guglielmo Pepe. O rei vê-se forçado a proclamar a constituição e a formar um governo predominantemente constituído por antigos apoiadores de Joaquim Murat. Os acontecimentos em Nápoles se propagam imediatamente à Sicília, onde a revolta assume um caráter autonomista. Um movimento de carbonários piemonteses exige da mesma forma a promulgação de uma c onstituição, concedida pelo regente do rei Carlos Félix, Carlos Alberto. Mas tanto o movimento napolitano quanto o piemontês são reprimidos. Morelli e Silvati acabam na prisão e com eles muitos outros. No Piemonte, Laneri e Grelli são condenados. E assim quase todos os que tinham se comprometido com as insurreiç ões dos carbonários se vêem forçados a ir para o exílio. Os primeiros movimentos conduzidos por oficiais e descendentes da nobreza, com ideais de liberdade, constituição e parlamento, muito distante das preocupações da população ligado à agricultura principalmente, como uma política agrária. As insurreições seguintes, de 1830 e 1831, sobretudo nos Estados da Igreja, em Módena e em Parma, continuam a não mostrar modificações nesta esfera. A Revolução de 1848 e a tentativa de unificação de Carlos Alberto de Savoia-Carignano, rei da Sardenha, foi derrotado pelos austríacos e teve de abdicar em favor de seu filho. O movimento de unificação de Itália foi desencadeado pela revolução de 1848-1849. Após a Revolução de Julho, na França, nacionalistas italianos começaram a apoiar Mazzini e o movimento J ovem Itália. Foram incentivados pelo liberal Carlos Alberto da Sardenha, que havia assumido o trono da Sardenha e que se tornara o governante de Piemonte em 1831. O rei Carlos Alberto adotou uma forma de gov erno diferente dos demais: o parlamentarismo. Seguindo, inclusive, orientações do Papa Pio IX, que abolira o abs olutismo nos Estados Pontifícios, dando anis tia aos condenados políticos, promulgando uma Constituição liberal (o Estatuto Fundamental). Em 1847, Camilo Benso, o Conde de Cavour, começou a editar um jornal chamado Il Risorgimento, influenciando largamente o rei, que, convicto da necessidade de expulsar os austríacos da Lombardia e de Veneza, declarou guerra à Áustria em 1848, contando unicamente com suas próprias forças ("L'Italia fará da sé"/ A Itália vai fazer-se). Os sardo-piemonteses tiveram que lutar sozinhos, sendo derrotados em Custozza (1848) e Novara (1849). As condições de paz eram humilhantes para serem aceitas e, acreditando que sua utilidade para o país havia terminado, Carlos Alberto abdicou em 23 de março de 1849 em favor de seu filho Vitor Emanuel II (1849-1878) e se exilou em Portugal, vindo a morrer meses depois. Entre 1848 e 1849, começam as tentativas de unificação do reino da Itália. Durante esse período, os revolucionários proclamam pelo menos três repúblic as, a de São Marcos, a Toscana e a República Romana. Essa última república foi proclamada quando, em 1849, Mazzini comandou uma revolução em Roma. Os revoltosos cercaram o palácio do Quirinal, onde morava o Papa Pio IX, e o ameaçaram seriamente. Para salvar-se, o pontífice, dissimulado sob outros trajes, fugiu para Gaeta. Em 9 de fevereiro de 1849, uma Assembleia Constituinte em Roma proclamou a República Romana. Um dos primeiros atos da nova república foi a elaboração de uma constituição que pudesse ser utilizada por uma Itália unida. Trabalho encontrado na íntegra para download AQUI Slide de apresentação do trabalho AQUI |
Muito grande, acho que esses sites deveriam resumir melhor, para nosso melhor entendimento, caso gostemos, iriamos mais a fundo. Pena que não é assim que funciona, um site plagiando o outro, ou.. Colocando textos enormes que não dá um pingo de interesse.
ResponderExcluirVocê não viu o texto completo. Este já é o resumo.
Excluireu também acho.. concordo plenamente !
ResponderExcluiro cidadão!!! vc quer fazer um trabalho de história e está com preguiça de ler, nota-se que a qualidade de seus trabalhos resumem-se em copiar e colar.....
ResponderExcluirvai estudar
O blog traz o material de diversos autores, não necessariamente originais. Mas grato pelas palavras, servirão de incentivo para que algum outro cidadão como a vossa pessoa possa ter um melhor ponto de vista acerca dos artigos aqui postados.
ExcluirAmigos estudem mais caso gostem de historia. Realmente este ,e um resumo aenad
ResponderExcluirObrigada pelo texto! Ajudou muito!!
ResponderExcluiralgumas pessoas são burras aqui. isto já está resumido, podia ficcar mais, podia, mas algo se perderia, e resumos dos resumos acaba por ser mais uma nota do que propriamente um resumo. acho que está bom, foi o soficiente, não está pesado, e fiquei foi com vontade de ler mais porque quis saber o que aconteceu mais à frente...
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