quarta-feira, 31 de julho de 2013

Rapidinhas da História

Cristãos Novos

Oliveira, Ramos, Coelho, Ribeiro. São sobrenomes de origem portuguesa, muito comuns entre os brasileiros. Fazem referência a plantas, animais e acidentes geográficos e podem indicar a presença de cristãos-novos na família. Cristãos-novos são judeus que, perseguidos durante a Inquisição em Portugal, foram obrigados a adotar o catolicismo. Para evitar novas perseguições, eles mudavam seus sobrenomes.

A peste Negra 

A Peste Negra na Europa ocorreu, porque as pessoas acreditavam que quem tivesse um gato era uma bruxa. Logo todos os gatos foram queimados, deixando os ratos (com as suas doenças) circular livremente e multiplicar-se.


Fonte: Coleção Curiosidades História – Organização Donaldo Buchweitz,
MW. Editora e Ilustrações, Ciranda Cultural.

Rapidinhas da História



Dê Uma Olhada Nestas Coincidencias Históricas
 
Abraham Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846.

John F. Kennedy foi eleito para o Congresso em 1946.
 

Abraham Lincoln foi eleito presidente em 1860.

John F. Kennedy foi eleito presidente em 1960.
 

Os nomes Lincoln e Kennedy contêm sete letras.

Ambos estavam compromentidos na defesa dos direitos civis.
 

As esposas de ambos perderam filhos enquanto viviam na Casa Branca.

Ambos os presidentes foram baleados numa sexta-feira.


Ambos foram baleados na cabeça.
 

A secretária de Lincoln se chamava Kennedy.

A secretária de Kennedy se chamava Lincoln.
 

Ambos os presidentes foram assassinados por sulistas.

Ambos os presidentes foram sucedidos por sulistasa.
 

Ambos os sucessores se chamavam Johnson.
 

Andrew Johnson, que sucedeu a Lincoln, nasceu em 1808.

Lyndon Johnson, que sucedeu a Kennedy, nasceu em 1908.
 

John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1839.

Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1939.
 

Ambos os assassinos eram conhecidos pelos seus três nomes.

Os nomes de ambos os assassinos têm treze letras.
 

Booth saiu correndo de um teatro e foi apanhado num depósito.
Oswald saiu correndo de um depósito e foi apanhado num teatro.
 

Booth e Oswald foram assassinados antes de seu julgamento.
 

E a parte engraçada:

Uma semana antes de Lincoln ser morto ele estava em Monroe, Maryland.
Uma semana antes e Kennedy morrer ele estava em Marilyn Monroe. 

Fonte Sites:CaféHistória e OraPois

sábado, 30 de março de 2013

Astecas


    Os índios Astecas, foram dos povos mais civilizados e poderosos da América pré-colombiana. Ocuparam como se autodenominaram os habitantes do Vale do México (em uma ilha do Lago Texcoco), vieram para essa região, depois de uma longa e lenta migração.
    Povo dedicado à guerra, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundou no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa área de pântanos, próxima do lago Texcoco.
    A civilização Asteca impressionou os colonizadores espanhóis  pelas dimensões dos seus templos e pelo planejamento e riquezas das suas cidades. 
 Dividida em camadas bem definidas e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides). 

Eles eram fortes, de pele escura, cabelos curtos e grossos, e rostos redondos. Assemelhavam-se a alguns grupos de indígenas que hoje vivem em pequenas aldeias perto da Cidade do México. Durante o governo do  imperador ,o império asteca chegou  a  ser  formado  por  aproximadamente  500 cidades.

    Sua arte mais brilhante, com pirâmides encimadas por templos como sendo a principal característica. Ou seja, as pirâmides propriamente ditas não representavam em si nada, constituíam apenas uma forma de elevar-se os templos mais importantes até uma área alta, onde ficassem mais perto do céu. 

Material da pesquisa realizada pelos colegas Ieda Brink, Cátia Bonotto, Ana Karine da Vida, Andrio Vianna. 

Trabalho disponível na ïntegra para download
Clicando AQUI

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Juremir Machado - Vozes da Legalidade




Em novembro, dia 25, irá acontecer no auditório principal da URI-Santiago o lançamento do livro - Vozes da Legalidade - do doutor em sociologia, escritor e colunista do jornal Correio do Povo Juremir Machado da Silva.


Em breve maiores informações sobre o evento.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mostra de Cinema 4º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual


 
 
Mostra de Cinema 4º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual, que acontecerá dia 18 de agosto de 2011, a partir das 19h30min no Auditório da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, Campus de Santiago, entrada gratuita.
          
Esse festival ocorre em 150 municípios de todo o Brasil e pela primeira vez acontecerá em Santiago, através de uma iniciativa do CineClio CineClube Santiaguense, com a parceria do curso de História, Psicologia e Enfermagem da URI.  
            
 
 
 Desde já agradecemos a sua participação!

I Seminário do Centro de Memória Regional do Judiciário -10 Anos de História

UCS - De 7 a 11 de novembro de 2011

Programa
 
Dia 7 de novembro
19h30min - Abertura – Palestra: Fontes Históricas - UCS Teatro
Tânia Regina de Luca – UNESP
Dia 8 de novembro
17h – Seminários Temáticos - Bloco 46 (salas a definir)
ST1 - Estudos de Gênero e Poder Judiciário
Coordenação: Carla Simone Beuter (UCS) e Marília Conforto (UCS)
ST2 - História, Memória e Patrimônio Cultural
Coordenação: Éverton Reis Quevedo (MUHM/GT Acervos/ANPUH/RS)
ST3 - História do Judiciário
Coordenação: Alexandre Cortez Fernandes (UCS)
ST4 - Arquivos do Judiciário: novas abordagens da história
Coordenação: Carine Trindade (Memorial do Judiciário do RS)
ST5 - O Processo Judicial no Passado e no Futuro
Coordenação: Sergio Augustin (UCS)
20h – Palestra: História do Judiciário no Brasil - Auditório do Bloco H
Arno Wehling – UFRJ-Unirio-UGF
Dia 9 de novembro
17h – Seminários Temáticos - Bloco 46 (salas a definir)
ST6 - Judiciário e Relações de Poder
Coordenação: Antonio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard (UCS)
ST7 - História do Direito e dos Processos
Coordenação: Roberto Radunz (UCS/UNISC)
ST8 - Crimes e Poder Judiciário
Coordenação: João Ignacio Lucas (UCS) e Natália Pietra Mendez (UCS)
ST9 - Museus do Judiciário
Coordenação: Maria Beatriz Pinheiro Machado (UCS)
20h – Palestra: O Judiciário no RS: uma história em construção - Auditório do Bloco H
Gunter Axt – USP, PGJSC
Dia 10 de novembro
17h – Mesa-redonda: Memoriais do Judiciário no Brasil: Pesquisa Histórica e o Judiciário - Mini-Auditório Bloco 46
Coordenação: Clóvis Moacyr Mattana Ramos (UCS)
Mônica Maria de Padua Souto da Cunha – TJPE
Carine Trindade (Memorial do Judiciário do RS); Vladimir Passos de Freitas; João Roberto Oliveira Nunes (TRT-RJ) e Benito Bisso Schmidt (TRT-RS)
20h – Palestra: Memorial do Judiciário do Rio Grande do Sul - UCS Teatro
Mary da Rocha Biancamano – ESM-Ajuris, UFRGS, TJRS; José Carlos Teixeira Giorgis – TJRS e Luiza Horn Iotti - Centro de Memória Regional do Judiciário – UCS
Dia 11 de novembro
17h – Mesa-redonda: Museus do Judiciário: acessibilidade e a informação eficiente - Mini-Auditório Bloco 46
Coordenação: José Carlos Teixeira Giorgis (TJRS)
Ingrid Schroeder Sliwka; Jorge Silveira (TJRJ) e Katia Teixeira Kneipp (TRT-RS)
20h – O Arquivo Público e o Arquivo Judicial Centralizado do RS e as Fontes Judiciais - Auditório do Bloco H
Tassiara Jaqueline Fanck Kich – Coordenadora do Arquivo Judicial Centralizado do RS – TJRS e Aline Maciel, Camila Lacerda Couto – Arquivistas do Arquivo Público do RS

quarta-feira, 22 de junho de 2011

ETAPAS ANTERIORES A REVOLUÇÃO DE 30

Desculpe a ausência de material dirigido ao blog neste mês de Junho, ele tem sido muito atribulado.

Abaixo colocarei de forma resumida alguns passos que antecederam a revolução da replública de 1930.

A Crise Oligárquica

A partir da Primeira Guerra, as dificuldades da política do café com leite aumentaram. No Congresso as bases de apoio da presidência, relativamente tranquilas nos primeiros governos oligárquicos, foram se esvaziando. As oposições no Congresso representavam descontentamentos cada vez maiores das oligarquias regionais que dificultavam a manutenção da política em prol da cafeicultura. A falta de dinheiro no governo federal rapidamente se mostrou uma questão do enfraquecimento da máquina pública. A política de valorização do café aplicada pelo governo nas primeiras décadas do século XX retirava os recursos da sociedade, aumentando a inflação, o custo de vida e a dívida externa.
Se as elites, com
as óbvias exceções de um pequeno grupo de cafeicultores, estavam se rebelando politicamente por não suportar mais a crise, imagine as consequências disso para os setores populares e classe média urbana.
Da mesma forma que as dissidências oligárquicas aumentavam suas oposições ao poder público, outros movimentos da sociedade faziam o mesmo. O Movimento Operário surgia nas cidades que estavam se industrializando e o Cangaço expunha a falência social no interior do nordeste. O Tenentismo refletia a rebeldia política não só entre o baixo oficialato das Forças Armadas como também de setores médio-urbanos da sociedade brasileira. Na mesma linha de raciocínio, o Modernismo expressava uma
ruptura com os valores culturais defendidos pelas elites que se encontravam no poder.


A Coluna Prestes

Liderada por militares que faziam oposição à República Velha. Teve início em abril de 1925, ainda no governo do presidente Artur Bernardes. Após os movimentos tenentistas , outro incidente aconteceu em 1924, em São Paulo, onde Artur Bernardes colocou a capital em estado de Sítio até a sua saída do governo e os revoltosos foram para o interior do estado. Este grupo era liderado por Miguel Costa.

Este destacamento consegue escapar de São Paulo e encontra-se com a coluna de Luis Carlos Prestes em Fox do Iguaçu, de onde partiram de uma caminhada pelo Brasil.

Com aproximadamente mil e quinhentos homens a Coluna Prestes atravessou o Brasil, passou por onze estados e percorreu cerca de 25 mil quilômetros. A coluna despertava diversos tipos de sentimentos por onde passava. Com seus ideais de mudanças contra o regime de oligarquias do governo federal, levantavam manifestações de apoio da população, alguns engajamentos na causa, e o olhar atento dos coronéis das regiões.

Luís Carlos Prestes foi o idealizador da Coluna, mas não foi seu principal líder, tendo em Miguel Costa esta liderança. Porém Prestes tornou-se um ícone do movimento, chamado de “cavaleiro da esperança”.

As tropas federais nunca tiveram alguma vitória significativa contra a coluna. O movimento se utilizava de técnicas de guerrilha para combater.


Maiores detalhes AQUI


A Campanha Civilista

Nos tempos da República Oligárquica, o governo federal se transformara em um joguete político diretamente controlado pelas oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Contudo, mesmo tendo tamanha influência, os grupos participantes do chamado “café com leite” nem sempre estavam de acordo com relação aos nomes que deveriam compor a sucessão ao cargo presidencial. Em 1910, mineiros e paulistas entraram em desavença sobre o nome que deveria ocupar o posto máximo da República.

Em junho de 1909, a morte do presidente Afonso Pena e a ascensão do vice-presidente Nilo Peçanha deram outra dinâmica à disputa eleitoral da época. Como presidente, Nilo Peçanha manifestou seu claro apoio ao candidato militar Hermes da Fonseca. Apesar de não ter origem oligárquica, marechal Hermes já vinha articulando seu nome junto aos membros do Partido Republicano Mineiro. Contrários a essa ideia, os paulistas procuraram um nome para fazer oposição ao “temível” governo de um militar.
Nesse instante, os oligarcas paulistas sacaram o intelectual baiano Rui Barbosa enquanto uma alternativa à candidatura militar. A intenção primordial era atrair o apoio das oligarquias nordestinas e dos eleitores dos centros urbanos. Começava, dessa forma, a chamada “Campanha Civilista”. Do ponto de vista prático, os oligarcas de São Paulo procuravam oferecer um nome que fugisse à lembrança dos autoritarismos e problemas que marcaram os anos da República da Espada.


Semana da Arte Moderna

A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas europeias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.


Reação Republicana

Reação republicana é o nome pelo qual ficou conhecida a chapa de oposição apresentada, em 1921, por alguns estados – Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro - contra o candidato à presidência da República apoiado por Minas Gerais e São Paulo. Em março de 1922, seria escolhido o novo presidente da República, que substituiria o paraibano Epitácio Pessoa, no cargo desde 1919.

Seguindo a política do “café com leite”, as oligarquias de Minas e São Paulo lançaram o nome do governador mineiro Arthur Bernardes à sucessão presidencial. Insatisfeitos, alguns estados de importância secundária no cenário político-econômico da época - ou que buscavam mais espaço frente à hegemonia mineira e paulista - indicaram o então senador fluminense Nilo Peçanha para a disputa contra a chapa situacionista. Estava formada, assim, a Reação republicana.

A plataforma da Reação Republicana defendia a regeneração dos princípios republicanos e a formação de partidos políticos nacionais. Ela criticava a forma como se desenvolvia o federalismo no Brasil, acusando-o de beneficiar apenas os grandes estados. Para enfrentar a ameaça permanente de derrota que rondava toda candidatura de oposição, a Reação Republicana desencadeou uma propaganda eleitoral, coisa pouco comum nas eleições da Primeira República. E, o que é importante, buscou apoio militar.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Como era o sexo na Pré-História?

Os homens da Pré-História já distinguiam sexo de reprodução, usavam cosméticos naturais para incrementar a paquera, faziam sexo em posições bem diferentes do papai-e-mamãe e usavam até mesmo métodos anticoncepcionais. Pelo menos é isso que indicam os estudos feitos por arqueólogos baseados em objetos como estátuas e pinturas rupestres. Só não dá para ter certeza porque a Pré-História é caracterizada justamente pela inexistência de documentos escritos. “Chegar à verdade acerca da Pré-História é quase impossível. A arte pré-histórica, grande parte da qual tem conteúdo sexual explícito, obviamente revela coisas sobre as quais as pessoas pensavam, mas não pode refletir por completo o que realmente faziam”, afirma o arqueólogo Timothy Taylor no livro A Pré-História do Sexo. Veja nestas páginas o que os cientistas descobriram sobre os hábitos sexuais que faziam a cabeça da humanidade que habitou o planeta entre 2 milhões a.C. e 4000 a.C.


É PAU, É PEDRA...
Na Idade da Pedra, métodos anticoncepcionais e masturbação já faziam parte da rotina sexual


POSIÇÕES
Nada de papai-e-mamãe na Pré-História. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 a.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em obras de arte da Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão. Uma outra imagem pré-histórica mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para facilitar a penetração do homem. A relação com penetração por trás também aparece com frequência, assim como imagens de sexo oral


CASAMENTO
No Paleolítico, a Idade da Pedra Lascada, os machos dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos, como bisão e veado. Já no Neolítico, a Idade da Pedra Polida, a monogamia passa a ser predominante. Nessa época, os homens passaram a domesticar animais. Observando o estilo de vida dos bichos e o papel do macho na procriação, os homens passaram à monogamia.


MASTURBAÇÃO
Não faltam exemplos da prática do sexo solitário na Pré-História: há de estátuas a bastões fálicos talhados em madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta, mostra uma mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000 a.C. Outra retrata um homem sentado descabelando o palhaço em 5000 a.C.


CIÊNCIA
Os homens usam plantas medicinais há pelo menos 40 mil anos. Não há provas diretas, mas arqueólogos desconfiam que plantas do gênero Aneilema eram usadas para evitar a gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres e como afrodisíaco para os homens.


HOMOSSEXUALIDADE
Pesquisadores apontam que a atividade homossexual masculina e feminina é comum em mais de 200 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos, o que poderia indicar que também era praticada pelos homens pré-históricos. Entre os grandes macacos, como chimpanzés e gorilas, também rola sexo entre animais do mesmo gênero.


SEXO SELVAGEM
A relação do homem pré-histórico com os animais era bem próxima – até demais! Há uma pintura rupestre de cerca de 3000 a.C., em Val Camonica, na Itália, que mostra um homem copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de homens copulando com alces – em uma das pinturas, o homem está usando esquis nos pés enquanto transa com o bicho.


MULHER MELANCIA ANCESTRAL

Vênus de Willendorf



Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da pornografia. A mais famosa é conhecida como Vênus de Willendorf: uma mulher de nádegas e peitos grandes com traços de corante vermelho, encontrada em uma região com traços de ocupação de até 40 mil anos atrás. Naquela época, a Europa vivia a Era Glacial, e as mulheres gordinhas teriam maior potencial de resistência, e por isso podem ter sido as gostosas da vez.


PAQUERA
Na hora da paquera, o homem pré-histórico já tinha à disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena, usada nos cabelos. Sabe-se que extratos de beladona eram usados para dilatar as pupilas e, assim, chamar mais a atenção. Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da pele, e joias feitas de pedras, madeira ou dentes de animais.


CORPO A CORPO
Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos focos de atração sexual. Os peitos das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas que têm seios permanentemente grandes, passaram a ser tão atrativos quanto a bunda. Assim, o ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem sexo cara a cara, enquanto outros bichos praticam o coito por trás.




Como era o sexo na Antiguidade?


Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir e havia até deuses do sexo! Os documentos da Idade Antiga, que vai de 4000 a.C. ao século 5 d.C. de acordo com a datação convencional, mostram curiosidades sobre a vida sexual de povos como gregos, romanos e egípcios. Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para desincentivar o celibato: a solteirice e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios. Foi também na Idade Antiga que os conhecimentos científicos sobre o rala-e-rola começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século 2. Mesmo assim, algumas crendices sexuais bizarras permaneciam. Na Grécia, por exemplo, acreditava-se que o contato com uma mulher menstruada faria o vinho novo ficar azedo e faria as árvores não dar mais frutos.


À MODA ANTIGA
Prostituição e homossexualidade eram comuns, mas havia leis severas para punir abusos


CASAMENTO
Os gregos e romanos eram monogâmicos – no império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os grecoromanos descobriram que o amor não é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma arcaica, as mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte – isso só mudou após uma lei do imperador Augusto, que trocou a pena para o exílio.


POSIÇÕES
Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objetos de uso cotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e, na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com penetração tinham números maiores, indicando que poderiam ser mais valorizadas.


MASTURBAÇÃO
Nada de condenar o sexo solitário: na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egito, a masturbação era até parte do mito da criação. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sêmen de sua masturbação!


HOMOSSEXUALIDADE
Casais de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pederastia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra lenda afirma que a pederastia começou com o músico Tamíris, que foi seduzido pelo belo Jacinto.


CIÊNCIA
O grego Hipócrates, pioneiro da medicina, achava que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de umidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele também deu bolas dentro: calculou a duração da gravidez em 10 meses lunares (cerca de 290 dias do nosso calendário), tempo parecido com os 9 meses atuais, e prescreveu semente de cenoura como anticoncepcional e abortivo.


PAQUERA
Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro A Arte de Amar, do poeta Ovídio, escrito entre 1 a.C. e 1 d.C. Entre as dicas dadas pelo escritor, estava o uso do goró: "O vinho prepara os corações e os torna aptos aos ardores amorosos". Ovídio também incentivava a galera a melhorar o visu: “Esconda os defeitos e, o quanto possível, dissimule suas imperfeições físicas".


NO TRIBUNAL
A legislação sexual da Roma antiga era polêmica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima – se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva! Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de quem fizesse sexo anal. No Egito, o adultério era mau negócio: os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.


PROSTITUIÇÃO
Regras para sexo pago eram diferentes na Grécia e em Roma


GRÉCIA
As moças da vida não eram todas iguais – elas seguiam uma hierarquia. A maioria delas era escrava, mas havia também mulheres vendidas aos bordéis pelos pais ou irmãos.


CLASSE ALTA
Prostitutas de primeira classe, com treinamento intelectual e cultural.


CLASSE MÉDIA
Tocadoras de flauta e dançarinas, especialistas em ginástica e sexo oral. Eram imigrantes.


CLASSE BAIXA
Vendidas pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos.


ROMA
Registradas e pagadoras de impostos, as prostitutas se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e, por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres livres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos. O lugar mais comum de trabalho delas era sob arcos arquitetônicos: a palavra fornicação vem do latim fornice, que significa arco.


por Marina Motomura e Gabriel Silveira
Postado em: Café História / http://cafehistoria.ning.com/group/ahistriadosexo

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Homenagem ao Professor Cléo Bonotto - TRE RS


Homenagem prestada pela Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul ao Professor Cléo Adriano Sabadi Bonotto, pela contribuição intelectual nos estudos sobre a morte de Moyses Vianna.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cine Clio - Programação




07 de Maio 
Local: Estação do Cinema
Sábado - 20 Horas
Durval Discos de Anna Muylaer
Brasil, 2002




Durval (Ary França) e sua mãe Carmita (Etty Fraser) vivem há muitos anos na mesma casa onde funciona a loja Durval Discos, que já foi muito conhecida no passado mas hoje vive uma fase de decadência devido à decisão de Durval em não vender CDs e se manter fiel aos discos de vinil. Para ajudar sua mãe no trabalho de casa Durval decide contratar uma empregada. O baixo salário acaba atraindo Célia (Letícia Sabatella), uma estranha candidata que chega junto com Kiki (Isabela Guasco), uma pequena garota. Após alguns dias de trabalho Célia simplesmente desaparece, deixando Kiki e um bilhete avisando que voltaria para buscá-la dentro de 3 dias. Durval e Carmita ficam surpresos com tal atitude, mas acabam cuidando da garota. Até que, ao assistir o telejornal, mãe e filho ficam cientes da realidade em torno de Célia e Kiki.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cine Clio


Aconteceu no dia 23 de abril de 2011 o lançamento no Rio Grande do Sul do filme "Vítimas", baseado no conto do autor João do Rio "A Aventura de Rosendo Moura".


A estreia aconteceu no Cine Clio, sendo escolhido por seu projeto social, a partir de uma parceria com a URI - Universidade comunitária que tem como grande compromisso social o alavancar do desenvolvimento regional, a formação de pessoal ético e competente, inserido na comunidade regional. Os responsáveis por esse projeto cineclubista são Rosangela Montagner e Rafaela Martins.


O CineClio é associado ao CNC (Conselho Nacional de Cineclubes) e a FECIRS (Federação de Cineclubes do Rio Grande do Sul), além de ter sido contemplado pelo Programa Cine Mais Cultura do Ministério da Cultura.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cine Clio


Lançamento no CineClio
Contamos com sua presença!

O CineClio: CineClube Santiaguense vem através deste convidar para a sessão de lançamento das obras cinematográficas “Vitimas” de João de Freitas e "FORA DE VALIDADE” de Guilherme Cassel Bitencourt.
A exibição será no próximo sábado dia 23 de abril. Às 20 horas. Na Estação do Cinema junto a Estação do Conhecimento. 

Convidado Especial: Felipe Cartier, Ator e jornalista natural da cidade de Santa Maria – RS, radicado no Rio de Janeiro. O mesmo está protagonizando o filme VÍTIMAS produzido pela Teia Mídia Filmes - RJ e o filme  FORA DE VALIDADE produzido pela Imagem Produtora - SM/RS. 
             

 “VÍTIMAS”, de João de Freitas uma adaptação do conto “A Aventura de Rosendo Moura”. Sinopse: No sentido geral, aborda o ser humano e as consequências de seus atos. Assim como, de ações praticadas por terceiros ou que ocorrem por força do acaso. Todos acabam dependentes entre si. Todos são vítimas de seus próprios desejos, de suas próprias escolhas” afirma o diretor.


 “Fora de Validade de Guilherme Cassel Bitencourt, Sinopse: tem como tema: sequestro e cárcere privado, baseado no roteiro homônimo de Suig Laran. A ficção conta à história do personagem Cláudio Ribeiro, vivido pelo ator Felipe Cartier, que é sequestrado e passa a sofrer maus-tratos físicos e moral. “Fora de Validade” faz referência ao Artigo 148 do Código Penal Brasileiro “Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado”. “Fora de Validade” foi gravado em dois dias, com uma equipe de 13 pessoas, além do elenco.



sexta-feira, 15 de abril de 2011

Homenagem enviada por Selvino Heck ao Mestre Cléo Bonotto

CLÉO BONOTTO, MAIS UM
                                                                                 

Em homenagem e memória

            Final de tarde, chego em casa em Brasília, faço um mate, vou ler os jornais. Abro a Zero Hora e deparo com a manchete: “Professor universitário perde a vida em acidente”,  com a foto de Cléo Bonotto, professor de História e Direito da Universidade Regional Integrada (URI) de Santiago, Rio Grande do Sul: “Ele estava morto, no seu carro, em um matagal às margens da BR-287, em Santiago, a 30 metros da via, depois de uma semana desaparecido”. Um choque, mais um choque depois de vários semelhantes sofridos nos últimos anos: mortes de gente querida, companheiros e companheiras, muitos de pouca idade, por acidente, doenças inesperadas e coisas assim.

Na verdade, conheci pouco o Cléo, mas também o conheci muito. Muitos anos atrás encontrava seu pai, Ivo, nas andanças e lutas Rio Grande do Sul afora, ele participante da Comissão Pastoral da Terra. Acho que encontrei pessoalmente o Cléo uma única vez, longe, longe, muito longe, no Fórum Social Mundial em Belém, dois, três anos atrás, ele todo feliz por me encontrar e conhecer ali, no meio do povo, no fervo de milhares de pessoas na abertura do Fórum. Conversamos muito, ele muito agradecido por tudo que acontecera em sua vida e minha (pequena) contribuição.

 Mas no primeiro semestre de 2008 correspondemo-nos muito e seguidamente, sempre por meios eletrônicos. Escrevi um artigo no início de 2009, onde dizia: “Por outro lado, não posso me queixar. Foi um ano (2008) em que comecei a entrar para a história, talvez muito cedo. No primeiro semestre, numa tese de Cléo Bonotto sobre a história da Teologia da Libertação no Rio Grande do Sul, Frei Arno e eu aparecemos como personagens importantes.” A dissertação, defendida no Mestrado de Integração Latino-americana da Universidade Federal de Santa Maria, RS, intitula-se “Tendo a Cruz por Bandeira: Movimentos religiosos contra-hegemônicos na América Latina inspirando as Histórias da Formação e a Prática de Agentes religiosos em Movimentos populares no Rio Grande do Sul (1970-1980)”.

            Na dissertação, Cléo tem “por objetivo compreender os processos de formação e atuação de mediadores religiosos que se engajaram em movimentos sociais no fim da década de 1970 e início da década de 1980, no Estado do Rio Grande do Sul. Tendo em vista que, em plena ditadura militar, na ausência de sindicatos e de partidos políticos atuantes que expressassem os interesses das classes populares, reprimidos ou cooptados pelo regime ditatorial, outras organizações da sociedade civil ocuparam esse espaço, algumas dessas organizações tomaram parte ativa nos conflitos e colocaram-se a serviço das classes populares.”

            Esse foi um período histórico rico e inovador, que formou as bases do Brasil de hoje, com sua democracia em consolidação, seus movimentos sociais de forte presença e atuação, seus governos comprometidos com a mudança e o povo trabalhador. Cléo aborda “as transformações ocorridas na Igreja católica durante a segunda metade do século XX, principalmente com o advento da Teologia da Libertação. No que se refere à formação, analisou-se o papel do Centro de Orientação Missionária (COM), em Caxias do Sul, no que diz respeito às suas relações com a Igreja institucional e com a formação teórica de lideranças e a organização de movimentos populares. Buscou-se compreender o papel da formação inserida em comunidades populares, estudando o pioneirismo dos franciscanos na Lomba do Pinheiro, na periferia de Porto Alegre. E examino a participação de religiosos na gênese do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra no Rio Grande do Sul”.

            Entro na dissertação via Lomba do Pinheiro, junto com o frade franciscano, já falecido, Frei Arno Reckziegel, eu então também frei franciscano, ambos moradores deste conjunto de vilas populares na periferia de Porto Alegre e Viamão. Segundo Cléo, é “o pioneirismo franciscano na Lomba do Pinheiro: A vida no meio do povo, reaprendendo a ler a Bíblia”.

                        Segundo ele, “a Lomba do Pinheiro serviu como uma espécie de laboratório para a Ordem Franciscana do Rio Grande do Sul, sendo constantemente avaliada pela Província, e serviu de exemplo para outros grupos de religiosos e de leigos na inserção em comunidades mais pobres. Para isso, morava-se como e com os pobres, não se dependia deles para a própria sobrevivência, trabalhava-se, nem eram mantidas grandes estruturas que pudessem atrapalhar o trabalho de base. Neste sentido, ‘as CEBS, as pequenas comunidades, os grupos de reflexão da Bíblia caíam bem, iam além do oficialismo ou da doutrina, assim como permitiam a participação direta do povo na reflexão e na organização, o que se poderia dizer que era a Teologia da Libertação posta em prática, vivida’ (Relato de Frei Arno Reckziegel, 2007).”

            No meu depoimento, dado em 2007, digo que “morar na Lomba a partir da segunda metade dos anos setenta foi o primeiro contato direto e regular com a classe trabalhadora, mas não como alguém de fora, mas sim como alguém que participava junto, morava junto, sofria os mesmos problemas de transporte, saneamento, falta de estrutura, etc.”

            Escreve Cléo: “A participação dos religiosos na organização das lutas populares na periferia estava baseada no papel de mediadores que desempenhavam a ligação entre uma nova maneira de encarar a religiosidade e a reflexão sobre os problemas concretos da realidade das comunidades e a partir daí incentivavam a organização popular e a formação de lideranças, ‘incentivavam o povo a lutar e a participar destas organizações, ou criar novas. Criou-se a partir daí a União de Vilas da Lomba do Pinheiro, com um jornal próprio e com uma articulação para juntar as diferentes necessidades e levá-las ao poder público ou às empresas de ônibus, por exemplo’ (Depoimento de Selvino Heck, 2007)”.

Cléo Bonotto captou o espírito e a mística de uma época, fazendo um painel do período e entrevistando alguns dos seus principais personagens no Rio Grande do Sul, como o Ir. Antônio Cechin, frei Sérgio Görgen, Celso Gayger, padres Irineu Stertz e Carlos Menegais, Irmã Terezinha Hoffmann,  Ivo Bonotto, João Damian, entre tantos e tantas que ajudaram a escrever esta história em meio à ditadura e a luta por democracia e direitos, em especial dos pobres e trabalhadores. 

            Não sei se é porque estou chegando aos sessenta este ano, ou se as mortes são cada vez mais estúpidas e inexplicáveis, mas a dor da perda é cada vez maior. Cléo Bonotto tinha apenas 29 anos, um guri na flor da idade. Fez muito e podia fazer ainda muito. E segundo descobri na Internet, todos o adoravam como professor, como amigo, como companheiro. Há que se cuidar da vida, do vento, de quem nos rodeia, do planeta.

Selvino Heck
Assessor Extraordinário da Secretaria Geral da Presidência da República
Em catorze de abril de dois mil e onze  

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cléo Adriano Sabadi Bonotto...Querem conhecê-lo?

Depoimento de Cátia Bonotto, nossa colega e irmã do nosso querido Cléo:

Pois vou contar para vocês, eu me chamo Cátia Bonotto e sou a irmã dele quero que conheçam um pouco de sua história. Nossa família é de Ernesto Alves somos em três irmãos a Letícia, eu e o Cléo.

Um fato que marcou minha infância foi que aos seis anos de idade ele e minha mãe foram pra Santiago, e foram no mercado e lá ele viu uma boneca e insistiu para que comprasse a boneca para mim. Tínhamos pouca diferença de idade, e isso me surpreendeu, quando a tarde chegaram pelo ônibus com o presente para mim, minha mãe disse que foi quem quis trazer aquele presente, e isso me marcou muito, pois ele sempre pensava em nós antes de pensar em si mesmo, ele poderia ter pedido um brinquedo para ele, e ate hoje eu tenho a boneca devido a grandeza do gesto, e nunca esqueci o que ele fez.

E assim foi na infância e na adolescência ele sempre teve muito cuidado comigo e com a nossa irmã. Quando fez o vestibular e começou estudar e me disse: Assim que eu me formar, trabalhar e vou te colocar na universidade, eu disse: Eu não quero! Ele insistiu... Passou o tempo se formou em História e começou a trabalhar, uma das primeiras coisas que ele fez foi me colocar dentro da universidade pagando para eu poder estudar, pois eu não tinha condições financeiras para pagar meus estudos, e ele também passou muita dificuldade para estudar, e por isso desejava que eu tivesse melhores condições de vida. Um dos sonhos dele era formar eu e minha irmã.

Outro fato bastante relevante foi quando estava na universidade federal de Santa Maria onde fez mestrado em Ciência Política, ele pegou boa parte de suas roupas e cobertores e dou para os sem teto, o interessante é que nem tinha dinheiro para comprar outras, minha mãe disse e agora Cléo? Até teu cobertor tu doaste e ele disse: Mãe eles tem menos que nós. Ele nunca se importou com bens materiais, defendia os mais humildes, tinha ideologia, lutava por aquilo que acreditava, enfim era um conquistador. Fez vários trabalhos acadêmicos, muitos deles reconhecidos internacionalmente, pois recentemente ganhou prêmios com o trabalho...

Esse cara era meu irmão, uma pessoa que acreditava num mundo mais justo, que defendia a ideia que sonhava em ter um país mais politizado, e tudo o que vivo hoje devo a ele, ele me devolveu a vontade de viver.

Um jovem de coragem que falava o que pensava. Por isso afirmo Cléo eu sinto orgulho de tudo o que você fez em tão pouco tempo que viveu em nosso convívio, e tudo aquilo que você insistia para eu ser e fazer vou tentar fazer da melhor forma possível, me perdoa se não valorizamos o teu trabalho o quanto deveríamos, mas saiba que Eu Te Amo, sinto muito orgulho de você meu irmão, meu professor, amigo e companheiro das horas difíceis.

Sua memória não será esquecida, eu te prometo. Você sai da vida para entrar na história.


Cátia Luzia Bonotto




Cleó foi um guerreiro e deixou marcas profundas por onde passou, a saudade fica mas o orgulho de ter feito parte de sua história continua dentro de cada um de nós.