sexta-feira, 25 de março de 2011

Grigori Rasputin - Parte I






Grigoriy Yefimovich Rasputin nascido em Pokrovikoie, Sibéria, no dia 22 de janeiro de 1869. Conhecido e popularizado místico desde a infância como no caso do político russo Stolypin, quando ao passar de carruagem pelo jovem Grigoriy ainda criança na estrada, Rasputin o acenou e o alertou que a morte se aproximava: "A morte é para você, a morte está se aproximando!". Tal como havia dito aconteceu, Stolypin padeceu no dia seguinte vitimado por disparos de arma de fogo. Cresceu em uma localidade que ao mesmo tempo em que contemplava festas com mulheres, muita vodca e brigas também havia o espaço para a religiosidade, onde ali perto, em uma igraje estavam depositados os restos mortais de São Simão.

Aos dezoito anos, Grigori Rasputin teve um encontro com o bispo de Barnaull. Em seguida, inesperadamente, passou a interessar-se por religião e decidiu viajar ao mosteiro de Verkhoture. Pouco tempo depois começa a seguir as doutrinas da seita Khlysty Muito famoso com as mulheres, Rasputin tinha fama de pervertido, depravado e tarado.

Pouco tempo depois retorna à terra natal e casa-se com uma jovem chamada Praskovia Fyodorovna. Este matrimônio rendeu três filhos ao casal: Dimitri, Maria e Varvara, nascidos em 1897, 1898 e 1900, respectivamente (outras fontes especulam quatro filhos do casal). Porém, o casamento foi breve e Rasputin abandonou o lar.

Vagou pelo mundo, principalmente em locais ditos como santos e de peregrinações, Monte Athos, Jeruzalém, Grécia. Mesmo a sua passagem pelo mosteiro de (Flagelantes), que pregava a salvação vinda do pecado, principalmente o pecado da carne. "Se para a salvação do espírito é necessário o arrependimento, e para o arrependimento é preciso o pecado. Então o espírito que quer ser salvo, deve começar a pecar o quanto antes".Verkhoture sendo curta, e sem receber qualquer tipo de treinamento espiritual, as pessoas passam a considerá-lo com poderes especiais como a cura de enfermos e previsões do futuro, onde passaram a considerá-lo um sábio religioso.

Em pouco tempo Rasputin ficou conhecido como "homem santo", onde fiéis a procura de milagres o procuravam e lhe ofertavam comida, roupas e dinheiro. Ficou conhecido em boa parte da Europa Central. Rasputin contava que, um dia, arando as terras, recebeu uma revelação divina. Surgiu-lhe um anjo que entoou um canto místico e lhe atribuiu a missão espiritual de ajudar os necessitados.

Sua importância religiosa se torna tanta que chega a causar preocupação a alguns religiosos locais, onde conta-se que o Monge Iliodor, um de seus opositores chegou a mandar à casa de Rasputin uma mulher (prostituta) com o intuito de matá-lo, onde quase teve êxito, a mulher esfaqueou Grigori que sobreviveu ao ataque.

Esta é somente a primeira parte da vida dessa intrigante figura histórica, que foi santificado por alguns, amado por algumas e odiado por outros.

terça-feira, 22 de março de 2011

Diretório Central dos Estudantes - URI Stgo


Motivados pelo desejo da representação de seus interesses frente à Instituição a qual pertencem, os acadêmicos da URI Santiago reuniram-se em prol de um único ideal: a criação do Diretório Central de Estudantes (DCE). O DCE, por sua vez, é a entidade o qual possui a capacidade de impulsionar às reivindicações e a organização destes estudantes, valorizando a opinião individual, a democracia, a transparência e a seriedade.
Dessa forma, reuniram-se nesta segunda-feira, dia quatorze de março, nas dependências da nossa Universidade, os representantes dos Cursos que fazem parte da desta instituição, fazendo-se presentes, também, os presidentes dos Diretórios Acadêmicos já eleitos para escolherem, provisoriamente, seu representante discente, no intuito de garantir representatividade frente à Instituição. Candidataram-se as acadêmicas Renata Aquino, presidente do Diretório Acadêmico de Direito e Gabriela Fávero Alberti, presidente do Diretório Acadêmico de Enfermagem.
Assim, elegeu-se a candidata Gabriela Fávero Alberti para representante discente da URI Campus Santiago através de eleição democrática e por voto secreto. Ressalta-se, ainda, que se consta em ata este acontecimento além de algumas considerações de interesse acadêmico, sendo estas que será prioridade desta gestão a elaboração do estatuto que rege o Diretório Central de Estudantes bem como o incentivo para a organização dos Diretórios Acadêmicos aos cursos que ainda não possuem.
O primeiro passo, talvez o mais longo dos passos, está dado. Iniciaremos este ano priorizando a elaboração do Estatuto que nos rege, que nos regulamenta como DCE, mas sem deixar de lado algumas questões de necessidade para cada Curso. Portanto, nós acadêmicos que continuamos na luta para a efetivação do DCE, convidamos os Cursos que ainda não possuam Diretório Acadêmico que façam parte dessa luta junto conosco. O bom êxito de qualquer movimento estudantil dependerá da colaboração e comprometimento de todos nós, estudantes.



Matéria retirada do site da URI Santiago

Reflexos - I Mostra de Direito à Memória e à Verdade – A Ditadura no Brasil

A "I Mostra de Direito à Memória e à Verdade – A Ditadura no Brasil" decorrida com seus paineis que informaram sobre as falsas liberdades ou total falta delas em um Brasil não tão distantes que mantém suas memórias vivas e sigilosas. Para todos que compareceram aos corredores do prédio 9 da URI - Campus de Santiago - RS, e em seus debates, palestras e testemunhos ocorridos no salão de atos, ficou demonstrado como é grande o desconhecimento da sociedade brasileira perante tal assunto (desconhecimento ou falta de reflexão). Nosso notável atraso sociocultural foi muito bem representado pela castração sofrida na educação da época, que percorre aos dias atuais, com as intelectualidades anuladas e tendo em seus lugares técnicas manuais (técnicas domésticas, artes, educação física...), e claro a mais admirável de todas Educação Moral e Cívica.

As diferenças culturais se monstram presentes no contexto sul-americano, Argentina, Chile e Uruguai, que também viveram tempos difícil com ditaduras repressivas e violentas, tornaram públicos seus documentos, e a responsabilidade das muitas atrocidades estão sendo referidas e julgadas. A História ainda é presente, seus personagens ainda vivem e mas sociedade alienada brasileira em seu comodismo nada representa para que sejam abertos os arquivos da ditadura.


Deixo um link sobre os arquivos encontrados sobre a ditadura no Paraguai, onde quase nenhum documento foi destruído ou danificado e seu acesso é livre e está ajudando a mudar a mentalidade política do país. Um ótimo texto publicado no Café História.
Para acessá-lo clique AQUI.


Deixo os parabéns para o professor do curso de História da URI - Campus de Santiago - RS Cléo Bonotto e a acadêmica e estagiária de extensão Ângela Ribeiro, pelos incansáveis esforços para que a mostra fosse possível.

terça-feira, 15 de março de 2011

I Mostra de Direito à Memória e à Verdade – A Ditadura no Brasil

Quem transita pelos corredores da URI, mais especificamente no prédio 9, se defronta a uma exposição que remonta aos tempos da ditadura no Brasil. Essa exposição tem como objetivo recuperar e divulgar o período da ditadura militar vividos em nosso país, 1964-1985, por meio da exposição de fotos que registram um passado marcado pela violação dos direitos humanos. Ícones de nossa cultura, exemplos claros de abusos à democracia são exemplos marcantes na exposição.
A repressão demonstrada nos banners, onde manifestantes
reunião-se aos milhares demonstrava o crescimento das ideias intelectuais do brasileiro nas décadas de 60 e 70. Repressões ocorreram em todos os locais, até mesmo em nossa inerte cidade.
Pensando pelo lado da intelectualidade das novas gerações brasileiras, nos deparamos com o atraso causado por uma educação sistemática que privava seus educandos de qualquer pensamento crítico, o que comprova a tese onde se afirma que a manipulação popular se faz pela falta de conhecimento de seu meio.

Lutamos para que nossa história não seja esquecida, o esquecimento faz o homem repetir os mesmos erros.


Exemplo da força pensante da época, Chico Buarque de Holanda, driblava a censura com suas palavras.

Cálice

Composição: Chico Buarque e Gilberto Gil

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...(2x)

Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cale-se!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cale-se!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cale-se!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cale-se!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cale-se!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cale-se!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça
(Cale-se!)