quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Formação do Estado Italiano - Risorgimento

Trabalho de pesquisa realizado pelas acadêmicas Lisiane Rodrigues e Micheline Souza.



O  Risorgimento  buscou  entre  1815  e  1870,  55  anos  unificar  a  Itália,  que  desde  o Congresso de Viena em 1815 os Estados  submetidos  a potências  estrangeiras.
Na luta sobre a futura estrutura da Itália, a monarquia, na pessoa do rei do Piemonte-Sardenha, Vítor Emanuel  II, da Casa de Saboia, apoiado pelos  conservadores liberais, teve sucesso quando em 1859-1861 formaram a  Nação-Estado,  sobrepondo-se  aos  partidários  de esquerda,  republicanos  e  democráticos,  que  militavam  sob  o  comando  de  Giuseppe  Mazzini  e Giuseppe  Garibaldi.  A  desejada  unificação  da  Itália  se deu  assim  sob  a  Casa de  Saboia,  com  a anexação  ao  Reino  de  Sardenha,  da  Lombardia,  do  Vêneto,  do  Reino  das  Duas  Sicílias,  do Ducado  de  Módena e Reggio, do  Grão-ducado da Toscana,  do Ducado de  Parma  e  dos  Estados Pontifícios.
Na  primeira  fase  da  Unificação  (1848-1849),  desenvolveram-se  vários  movimentos revolucionários  e  uma  guerra  contra  o  Império  Austríaco,  mas  concluiu-se sem modificação do statu quo.
A segunda fase, em 1859-1860, prosseguiu no processo de unificação e concluiu com a declaração da existência de um de Itália. Completou-se com anexação de Roma, antes a capital dos Estados Pontifícios, em setembro de 1870.

Com o fim das  Guerras  Napoleônicas  criou-se  diversos  estados  na  península Itálica:
Reino  da  Etrúria,  Reino  de  Itália  (1805-1814)  que  Napoleão  entregou  o  governo  do  Reino  de Nápoles  ao  seu  irmão  José.  Durante  esse  período,  esses   territórios  pas saram  por  reformas liberais e pela extinção dos priv ilégios feudais e eclesiásticos.
Após  o  Congresso  de  Viena  em  1815,  com  a  conferência  de  paz  que  se  seguiu  à derrota de Napoleão, e a liquidação do sistema, a península Itálica ficou dividida:
A Áustria dominava  a  Lombardia  e  Vêneto  (Venécia);  os  ducados  de  Parma  e Piacenza, Módena e Toscana eram regidos  pelos arquiduques austríacos; O  Piemonte,  que  integrava  o  Reino  de  Sardenha  junto  com  o  Ducado  de  Saboia  e Gênova,  era  governado  pela  casa  de Saboia, único  que  mantinha  um  caráter  mais  ou  menos liberal; O  Papa governava  os Estados  Pontifícios,  estendendo  sua  autoridade às  províncias do Adriático; Os Bourbons voltavam ao Reino das Duas Sicílias.
Os  governantes  do  antigo  regime,  impostos  pelo  Congresso  de  Viena,  sem  apoio popular, governavam com auxílio das forças austríacas.
Entretanto, as ideias nacionalistas e revolucionárias continuavam  propagando-se, incentivadas pelo progresso econômico e o amadurecimento das instituições.

As  ideias  revolucionárias  também  se  propagaram  através  de  sociedades  secretas, como os carbonários, os adelfos e os neoguelfos.
Durante  o  domínio  napoleônico, formou-se  na  Itália uma resistência  que  contou com membros  de  uma  organização  secreta, a Carbonária, uma sociedade mais ou menos maçônica, surgiu em Nápoles, dominada pelo general francês Joaquim Murat, cunhado de Bonaparte. Apesar dos  laços  de  parentesco  lutava  contra  os  franceses,  porque  as  tropas  de  Napoleão  haviam iniciado uma espoliação da Itália, embora defendessem os mesmos princípios de Bonaparte.
Com a expulsão dos franceses, a Carbonária queria unificar a Itália e implantar  os ideais liberais.
A  Carbonária  não  tinha  nenhuma ligação popular,  pois  como  sociedade  secreta,  não propagandeava  suas  atividades.  Além  disso,  a  Itália  era  uma  região  agrícola  e  extremamente católica,  com  camponeses  analfabetos  e  religiosos,  que  tradicionalmente  se  identificavam  com ideias e chefes conservadores.
Giuseppe Mazzini (1805-1872), político genovês, entrou para a sociedade dos Carbonários em 1830. Ao ser preso em 1831 por advogar  nflamadamente  a  rebelião,  passou  a criticar  as  soc iedades  secretas, seus ritos e a ineficiência militar. Afinal,  elas  não  conseguiram realizar  a  unificação  italiana e não tinham  nenhuma  representatividade  popular. Da crítica às sociedades, Mazzini passou à ação. Fundou a Jovem Itália, “organização” que pretendia libertar as regiões  italianas  do  domínio  aus tríaco  e  unificar  o  país,  por  meio  da  educação  do  povo  e  da fundação  de  uma  república  democrática. Suas palavras de ordem eram:  direito  dos  homens, progresso, igualdade jurídica e fraternidade. A sociedade organizou células  revolucionárias  em toda a península.
A esse movimento democrático opunha-se outras correntes que também pretendiam a unificação italiana. Eram osreformistas monarquistas, contrários  à  violência  proposta  por Mazzini e que acreditavam na realização da unidade  política  em torno  do reino sardo-piemontês, sob  um  regime  monárquico  constitucional  e  os neoguelfos, moderados  liderados  por  Vincenzo Gioberti,  que,  por  intermédio  de  acordos  com  a  Áustria,  queriam  formar  uma  monarquia constitucional sob o controle do papa. O nome neoguelfos tem origem nos políticos medievais que defendiam que os  papas  romanos deveriam ter também o poder temporal da Europa.
 
Em  1820,  revoltam-se  em  Nápoles  dois  oficiais  franceses,  Morelli  e  Silvati,  com  as suas divisões de cavalaria, ao clamor do rei e da ausência de uma constituição.
A  revolta começa vitoriosa,  o  exército agrupa-se  quase  completamente  ao redor dos revoltosos,  cujo  comando  é  assumido  por  Guglielmo  Pepe.  O  rei  vê-se  forçado  a  proclamar  a constituição  e  a  formar  um  governo  predominantemente  constituído  por  antigos  apoiadores  de Joaquim Murat.
Os acontecimentos em Nápoles se propagam imediatamente à  Sicília, onde  a revolta assume  um  caráter  autonomista.  Um  movimento  de  carbonários  piemonteses  exige  da  mesma forma  a  promulgação  de  uma  c onstituição,  concedida  pelo  regente  do  rei  Carlos  Félix,  Carlos Alberto.  Mas  tanto  o  movimento  napolitano  quanto  o  piemontês  são  reprimidos.  Morelli  e  Silvati acabam  na  prisão  e  com  eles  muitos  outros.  No  Piemonte,  Laneri  e  Grelli  são  condenados. E assim quase todos os que  tinham se  comprometido com as insurreiç ões dos carbonários se vêem forçados a ir para o exílio.
Os  primeiros  movimentos  conduzidos  por  oficiais  e  descendentes  da  nobreza,  com ideais  de  liberdade,  constituição  e  parlamento,  muito  distante  das preocupações  da  população ligado à agricultura principalmente, como uma política agrária.
As  insurreições  seguintes,  de  1830  e  1831,  sobretudo  nos  Estados  da  Igreja,  em Módena e em Parma, continuam a não mostrar modificações nesta esfera.
A Revolução de 1848 e a tentativa de unificação de Carlos  Alberto de Savoia-Carignano, rei da Sardenha, foi derrotado pelos austríacos e teve de  abdicar  em favor de  seu filho. O movimento de unificação de  Itália foi  desencadeado  pela revolução de 1848-1849.
Após  a  Revolução  de  Julho,  na  França,  nacionalistas  italianos  começaram  a  apoiar Mazzini e o movimento J ovem Itália.  Foram incentivados pelo liberal Carlos  Alberto  da Sardenha, que havia assumido o trono da Sardenha e que se tornara o governante de Piemonte em 1831.
O  rei  Carlos   Alberto  adotou  uma  forma  de  gov erno  diferente  dos  demais:  o parlamentarismo.  Seguindo, inclusive,  orientações  do  Papa Pio IX,  que  abolira o abs olutismo nos
Estados Pontifícios, dando anis tia aos condenados políticos, promulgando uma Constituição liberal (o Estatuto Fundamental).
Em 1847, Camilo Benso, o Conde  de Cavour, começou  a editar um  jornal chamado Il Risorgimento, influenciando  largamente  o  rei,  que,  convicto  da  necessidade  de  expulsar  os austríacos  da Lombardia e de  Veneza,  declarou  guerra à Áustria  em 1848,  contando  unicamente com suas próprias forças ("L'Italia fará da sé"/ A Itália vai fazer-se).
Os  sardo-piemonteses  tiveram  que  lutar  sozinhos,  sendo  derrotados  em  Custozza (1848) e Novara (1849).
As  condições  de  paz  eram  humilhantes  para  serem  aceitas  e,  acreditando  que  sua utilidade  para o  país  havia  terminado, Carlos  Alberto abdicou  em 23  de  março de  1849  em favor de seu filho Vitor Emanuel II (1849-1878) e se exilou em Portugal, vindo a morrer meses depois.
Entre 1848 e  1849, começam  as  tentativas  de unificação do  reino  da  Itália.  Durante esse  período,  os  revolucionários  proclamam  pelo  menos  três  repúblic as,  a  de  São  Marcos,  a Toscana  e  a  República Romana. Essa última república foi  proclamada quando,  em 1849,  Mazzini comandou uma revolução em Roma.
Os  revoltosos  cercaram  o  palácio  do  Quirinal,  onde  morava  o  Papa  Pio  IX,  e  o ameaçaram  seriamente.  Para  salvar-se,  o  pontífice,  dissimulado  sob  outros  trajes,  fugiu  para Gaeta.
Em  9  de  fevereiro  de  1849,  uma  Assembleia  Constituinte  em  Roma  proclamou  a República Romana. Um dos primeiros  atos da nova república foi a elaboração de uma constituição que pudesse ser utilizada por uma Itália unida.
 
Trabalho encontrado na íntegra para download AQUI
Slide de apresentação do trabalho AQUI

8 comentários:

  1. Muito grande, acho que esses sites deveriam resumir melhor, para nosso melhor entendimento, caso gostemos, iriamos mais a fundo. Pena que não é assim que funciona, um site plagiando o outro, ou.. Colocando textos enormes que não dá um pingo de interesse.

    ResponderExcluir
  2. eu também acho.. concordo plenamente !

    ResponderExcluir
  3. o cidadão!!! vc quer fazer um trabalho de história e está com preguiça de ler, nota-se que a qualidade de seus trabalhos resumem-se em copiar e colar.....

    vai estudar

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O blog traz o material de diversos autores, não necessariamente originais. Mas grato pelas palavras, servirão de incentivo para que algum outro cidadão como a vossa pessoa possa ter um melhor ponto de vista acerca dos artigos aqui postados.

      Excluir
  4. Amigos estudem mais caso gostem de historia. Realmente este ,e um resumo aenad

    ResponderExcluir
  5. Obrigada pelo texto! Ajudou muito!!

    ResponderExcluir
  6. algumas pessoas são burras aqui. isto já está resumido, podia ficcar mais, podia, mas algo se perderia, e resumos dos resumos acaba por ser mais uma nota do que propriamente um resumo. acho que está bom, foi o soficiente, não está pesado, e fiquei foi com vontade de ler mais porque quis saber o que aconteceu mais à frente...

    ResponderExcluir